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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

POR ADELINO FARIA POETA PORTUGUÊS


Amor que morre 

O nosso amor morreu... Quem o diria! 
Quem o pensara mesmo ao ver-me tonta, 
Ceguinha de te ver, sem ver a conta 
Do tempo que passava, que fugia! 

Bem estava a sentir que ele morria... 
E outro clarão, ao longe, já desponta! 
Um engano que morre... e logo aponta 
A luz doutra miragem fugidia... 

Eu bem sei, meu Amor, que pra viver 
São precisos amores, pra morrer, 
E são precisos sonhos para partir. 

E bem sei, meu Amor, que era preciso 
Fazer do amor que parte o claro riso 
De outro amor impossível que há-de vir! 

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